24 de maio 2023 (quarta-feira) | 16h00 |  Online

Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Sessão 14 

Composicionalidade e conceitos fenoménicos

| Diana Couto (Universidade de Barcelona / LOGOS; Universidade do Porto / IF)

Resumo: Uma das principais razões a favor de uma teoria semântica composicional (TSC) reside no facto de esta fornecer uma explicação plausível da produtividade e sistematicidade das línguas naturais, isto é, uma explicação de como os falantes de uma língua L, aprendendo as bases finitas de L, são capazes de compreender e proferir um número potencialmente infinito de enunciados de L. Segundo a TSC, um falante satisfaz as condições de posse constitutivas de um conceito composto C se e somente se esse falante satisfaz as condições de posse constitutivas dos conceitos que constituem C e as condições de posse constitutivas da estrutura de C.
Neste apresentação, defendo que esta explicação da produtividade linguística não se aplica aos conceitos fenoménicos e que, consequentemente, os conceitos fenoménicos são conceitos primitivos. O meu argumento divide-se em duas partes. Num primeiro momento, mostrarei que a explicação da produtividade linguística segundo a TSC e o critério de posse de conceitos fenoménicos são inconsistentes. Seguidamente, reforçarei o meu argumento recorrendo a estudos empíricos sobre perceção multissensorial. O meu objetivo é realçar uma característica distintiva adicional da natureza dos conceitos fenoménicos: os conceitos fenoménicos são conceitos primitivos.

Seminários de Investigação MLAG 2022/2023: https://ifilosofia.up.pt/activities/seminarios-de-investigacao-mlag-2022-2023

Organização:
André Silva
Avelino Costa
Daniel Pires Nunes
João Faria e Silva
José Xarez
Marcondes Rocha Carvalho
Maria Maia
Rafael Padilha
Raul Vasques
Ricardo Serrado
Sâmara Costa
(Estudantes de mestrado e doutoramento de Filosofia da FLUP)
Mind, Language and Action Group (MLAG)
Instituto de Filosofia da Universidade do Porto – FIL/00502
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)